quinta-feira, 29 de agosto de 2013

PENSO, LOGO... DESISTO! (Cogito ergo pum)


Uma filosofia que não "serve" para nada, ou que só serve para produzir trabalhos acadêmicos, dá bem a medida da sua nulidade. A literatura é livre para ser uma pura diversão, um entretenimento sem compromisso ou um passatempo inconsequente. Porém, a filosofia não dispõe legitimamente desta liberdade. Ela deve necessariamente ter um objetivo, uma finalidade, uma meta, mesmo que esta meta seja materialmente impossível ou esteja totalmente fora do alcance do filósofo. De todos os objetivos que a filosofia possa se propor, o único que me parece realmente útil é o aprimoramento do espírito humano, para auxiliar o homem a ter uma vida plena e, com isso, colaborar para o fortalecimento da vida social e para a própria sobrevivência de nosso mundo. Uma filosofia ensimesmada, voltada para dentro dos seus próprios problemas abstratos e desvinculados da realidade, nada mais é que um tipo de masturbação intelectual que não gera nenhum fruto.