Quem pode esquecer esses notáveis protagonistas do romance Memórias Póstumas de Dom Casmurro, do mais do que conhecido e celebérrimo escritor patrício Machado de Alencar? Na trama, Bentinho XVI e um bom moço, nem tão bom e nem tão moço, que vive feliz em seu trono papal, enquanto sonha com os belos dias em que ainda era possível queimar judeus e protestantes sem que ninguém protestasse por tanta judiação. Porém, sua tranquila infalibilidade é perturbada pela descoberta de que pode estar sendo traído pelos seus melhores amigos, que abusaram da sua confiança (e, lamentavelmente, não apenas dela). Desesperado, ele tenta encontrar um culpado para a sua desgraça, e escolhe para isso a bela Capeituda, uma jovem cujo maior pecado é ser mulher e ter mais de 18 anos. Porém, se Capeituda é a verdadeira traidora, como entender que ela é quem tenha os chifres? Esta dúvida ficará registrada, sem nenhuma dúvida, como a maior contribuição deste livro para a história de nossa literatura, tão apreciada pelos ratos, pelas traças e pelos cupins.
