VAGOLINO DE CASSINO
(Noel Rosa)
Esse Vagolino
Que atrapalha o movimento no cassino,
Com seu jogo complicado e pequenino,
Na roleta ele é um pente-fino.
Mexe nas paradas,
Tosse alto, pula, dá cotoveladas.
Quando ganha ninguém vê a sua imagem.
Quando perde morde a gente na passagem
Grita pra qualquer freguês:
“Dá vermelho vinte e três!”
Pede pra jogar no dez,
Fichinha de mil réis.
Perguntou ao cobrador
Por que é que o diretor
Não põe em circulação
Fichinhas de tostão.
Ele vai
Sempre ao Paraguai
Morder o pai
O velho cai... Ai!
Vagolino, filho ingrato,
Diz que o cobre é pra comprar chapéu e sapato.
Mas acaba sem sapato e sem chapéu,
Na esperança de comprar um arranha-céu.
(Noel Rosa)
Esse Vagolino
Que atrapalha o movimento no cassino,
Com seu jogo complicado e pequenino,
Na roleta ele é um pente-fino.
Mexe nas paradas,
Tosse alto, pula, dá cotoveladas.
Quando ganha ninguém vê a sua imagem.
Quando perde morde a gente na passagem
Grita pra qualquer freguês:
“Dá vermelho vinte e três!”
Pede pra jogar no dez,
Fichinha de mil réis.
Perguntou ao cobrador
Por que é que o diretor
Não põe em circulação
Fichinhas de tostão.
Ele vai
Sempre ao Paraguai
Morder o pai
O velho cai... Ai!
Vagolino, filho ingrato,
Diz que o cobre é pra comprar chapéu e sapato.
Mas acaba sem sapato e sem chapéu,
Na esperança de comprar um arranha-céu.