terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

MPB - MÚSICA POÉTICA BRASILEIRA


APANHEI UM RESFRIADO
(Leonel Azevedo & Sá Roris)

Pelo costume de beber gelado
Apanhei um resfriado que foi um horror
Porém, com medo de fazer despesa
Quis a franqueza, não fui ao doutor
Pra me curar...
De tudo quanto foram me ensinando
Eu fui tomando e cada vez pior
E quem quiser, que siga o tratamento
Pois, se não morrer da cura, ficará melhor

Tomei de tudo: escalda-pé, chá de limão
Até xarope de alcatrão
E nada me faltou
Tive dieta só de caldo de galinha
O galinheiro da vizinha
Se evaporou
E tive febre, tive tosse e dor no peito
E até fiquei daquele jeito
Sem poder falar
Mandei chamar então um especialista
Que pediu dinheiro a vista
Pra poder me visitar


[REFRÃO]
 

No bangalô, porém, choveu a noite inteira
E eu debaixo da goteira
Sem ninguém saber
A ventania arrancou zinco do telhado
E me deixou todo molhado
Quase pra morrer
E a Guilhermina quis me dar um lenitivo
Então me fez um curativo
Eu fiquei jururu
E foi chamado finalmente um sacerdote
Pra me encomendar um lote
De dez palmos no Caju