sexta-feira, 8 de junho de 2012

REFLEXÕES PARA REFLETIR


Quando os jovens se rebelam contra as coisas estabelecidas e defendem o novo, é preciso entender que esse novo não significa necessariamente uma mudança de idéias, de valores ou de práticas. Esse novo é o próprio jovem, que chega à idade de querer se expandir e encontra um mundo onde todos os lugares importantes parecem já estar ocupados. Assim, tal como ocorre no reino animal, é preciso que os pretendentes desafiem o que está estabelecido, lutem contra o status quo. É isso que explica o fato de não haver nenhuma incoerência no caráter revolucionário da juventude e no caráter conservador de quem já passou vitoriosamente por essa fase da vida. Aliás, ser revolucionário ou ser conservador não são realmente categorias a priori diante da existência, ao menos para a quase totalidade dos indivíduos. São etapas na inserção do indivíduo na sociedade produtiva. A luta dos que não têm para conquistar o que almejam não é absolutamente diferente da luta dos que têm para conservar as suas conquistas.