domingo, 21 de fevereiro de 2010

COMENTÁRIO ESPORTIVO


com Ernesto "Che" Guevara

Oi, pessoal! Como vocês podem ver, estou literalmente morto de felicidade com a vitória do Botafogo na final da Taça Guanabara. Sempre tive uma grande simpatia pelo Fogão por ser um time realmente popular, onde ninguém tem medo de sofrer muito e sempre, e onde qualquer elitismo passa longe. Afinal, seu maior craque – nosso amado Garrincha – era um cara que tinha dificuldade até para decorar o próprio nome, principalmente depois da quinta garrafa de conhaque de alcatrão. Nos meus tempos de juventude, andei botando muito fogo por aí e creio que isso foi uma forma de homenagear o time de General Severiano (infelizmente, não conheço a ficha desse milico, para saber se ele era ou não da nossa patota). Como se não bastasse, a vitória do Botafogo foi sobre o Vasco da Gama, time que representa o colonialismo explorador depravado que durante tantos séculos transformou a América Latina em uma imensa senzala a serviço das grandes potências decadentes. Essa vitória foi uma segunda independência brasileira (na verdade, a primeira, já que a de 1822 foi uma farsa para garantir a continuidade do domínio imperialista português). Tal como nós, lá na Sierra Maestra, o time da Estrela Solitária provou que meia dúzia de gatos pingados sem grande talento podem enfrentar esses poderosos que não passam, quase sempre, de tigres de papel. Por fim, presto uma homenagem a um dos nossos gênios da raça, o magnífico Joel Santana: desde que ouvi o Joel falando inglês, percebi logo que se trata de um dos maiores inimigos da cultura britânico-estadunidense. Joel é, sem sombra de dúvida, o Lula do futebol: um cara sem a mínima cultura e educação, que soube vencer na vida à custa de muita malandragem! Aliás, porque o presidente Lula não pensou no Joel para a sucessão presidencial? Com ele, essa eleição já estava no papo!