Dentro do espírito da nova legislação socialista sobre os direitos humanos – inspirada nas grandes conquistas democráticas cubanas, venezuelanas, chinesas e iranianas – os professores da cidade de São Paulo estão lançando uma nova campanha, intitulada “LULA, NÓÇO EZEMPRO”. Esta campanha visa erradicar radicalmente da nossa rede escolar os dois maiores obstáculos à verdadeira socialização do ensino: a escrita e a leitura. Convencidos de que não é possível haver uma educação democrática em uma sociedade na qual os analfabetos são constantemente humilhados pela presença dos livros, na qual um simples diploma estabelece uma nefasta desigualdade entre dois homens que deveriam ser iguais (já que nasceram naturalmente analfabetos) e na qual o mérito e a competência – critérios metafísicos e elitistas – determinam a posição sócio-econômica de um indivíduo, os professores decidiram assumir sua responsabilidade ativa no processo educacional, diante da apatia dos nossos dirigentes (que ainda parecem temer a ditadura dos intelectuais e eruditos). Para marcar o lançamento da campanha “LULA, NÓÇO EZEMPRO”, os professores da rede pública paulistana fizeram uma simbólica fogueira de livros que, segundo os representantes do movimento, representa “A pira na qual arderá a opressão da intelectualidade burguesa”.
