sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

AS SABEDORIAS DA OLIVINHA


Convidado especial: Friedrich Nietzsche

Quanto mais espírito, mais sofrimento... Quanto mais estupidez, maior bem-estar.

Não se deve chamar uma coisa de boa nem um dia a mais do que nos parece, mas tampouco nem um dia a menos.

O desejo incessante de criar é vulgar e demonstra inveja, ciúme e ambição. Quando se é algo, não há realmente necessidade de fazer nada, e, apesar disso, se faz muito. Acima dos homens produtivos existe ainda uma espécie superior.

A forma mais habitual do saber carece de consciência. A consciência é o saber de um saber.

O mendigo está longe de experimentar a sua miséria com tanta intensidade como finge senti-la, quando quer viver da mendicância.

Como é difícil viver quando sentimos sobre nós, e contra nós, o juízo de milhares de anos!

Vossa honra não será constituída pela vossa origem, mas pelo vosso fim.

O fato de que nos encontremos tão à vontade em plena natureza provém de que ela não tem nenhuma opinião sobre nós.

Existe um meio de transformar em ouro, aos olhos de todo mundo, um dever de aço, e é cumprir sempre mais do que se promete.

Nosso saber é a forma mais débil de nossa vida instintiva; por isso, ele é tão impotente contra os instintos poderosos.

O pensamento do suicídio é um consolo poderoso. Ajuda a passar bem mais de uma noite ruim.

O cristianismo, como grande movimento popular do Império Romano, é a entronização dos piores, dos incultos, dos oprimidos, dos enfermos, dos extraviados, dos pobres, dos escravos, das velhas e dos covardes; em suma, de todos aqueles que têm motivos para suicidar-se mas carecem de valor para fazê-lo.