sábado, 19 de dezembro de 2009

Jazigo da poesia (4)

Um novo poeta junta-se ao nosso curral de talentos: o jovem menestrel Tristão de Ataúde, cantor da energia orgônica e dos vegetais orgânicos:

ODE À VIDA

Meio morto vivo – torto
Consumido lentamente
Emboloro-me
É mesmo uma pena
Jamais testemunharmos a própria morte
Qual a graça em tanto esforço
Na labuta do lento aniquilamento
Se não podemos assistir à coroação final?
Grande repasto dos abutres, insetos, vermes, fungos e bactérias
Enfim, adubo – húmus da terra
Enfim, a vida!

TRISTÃO DE ATAÚDE