quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Jazigo da poesia (III)


ACABOU, MAS AINDA TEM...

(Reflexões existenciais de um bunda-mole)

Quando eu nasci, um diabo torto
Gritou: Tu já estás morto!
Respiras, mas és aborto
E a vida nunca terás!


Olhando sempre pra frente

Futuro nenhum verás
Além do nada passado
Para o qual retornarás

Com teu cadáver passeia
Enquanto estás insepulto
Mas logo haverá tumulto
De vermes pra te pastar

Decerto, já estás podre
Embora a cova recuses
Ao menos, da vida uses
Em vez de desperdiçar

Como Diabo dou conselho
Faço reta previsão
Mas deixo-te a decisão
De tudo na vida errar

Vai, meu pobre condenado

Ser mais um merda no mundo!

Te espero lá, bem no fundo

Quando a vida te cagar...


MEFISTÓFELES GOMES