quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

DERROTA - A CARA DE UM POVO (1)

Damos início à publicação de um pequeno ensaio de ficção sobre a história do Brasil, vista de uma perspectiva não-ufanista. É óbvio que tudo aquilo que está contido nesse texto é falso e exagerado, preconceituoso e vulgar, desinteressante e pueril - como, de resto, tudo o que escrevemos - mas sempre vale a pena lembrar que criamos esse blog justamente para publicar essas bobagens.

Em 21 de abril de 1500, um grupo de marujos lusitanos, perdidos no oceano após uma longa calmaria, chegaram a uma costa exuberante que eles julgaram ser as Índias. Nascia um novo país, produto de um desvio de rota e marcado, desde os seus primórdios, pelo equívoco. Desde então, muito tempo se passou e os desvios, os erros e os equívocos só fizeram aumentar. Aliás, o que se poderia esperar de um povo formado por índios malandros e portugueses oportunistas, todos empenhados em tirar o máximo proveito do mínimo de atividade? Teve início o nosso ridículo: os índios enfeitavam-se muito mais do que as suas mulheres, enquanto as moças lusas tinham bigodes mais avantajados que os dos seus compatriotas.